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ICBEU - Instituto dos Cegos

O deficiente visual, assim como outros deficientes, tem enfrentado alem dos obstáculos físicos, os obstáculos culturais que os apontam como incapazes. É através do Sistema Braille que a educação inclusiva possibilitará ao aluno a comunicação e a socialização com os demais educandos, quebrando a imposição de um padrão para inclusão na sociedade.

O Sistema Braille permite ao aluno ler e escrever de forma independente, facilitando a comunicação e o acesso a informações. A inclusão do deficiente visual pela educação resultará na melhoria da auto-estima, que é perdida após o quadro de cegueira. Por esses motivos se faz necessário a capacitação dos profissionais nas redes de ensino tanto públicas como privadas.

O processo de inclusão se inicia ao inserir o deficiente visual na escola, sendo este um ambiente comum. Posteriormente este educando terá autonomia e será capaz de tomar decisões e cuidar de si, sendo uma pessoa independente com capacidade de frequentar lugares comuns e de se relacionar com a sociedade. Mas a inclusão vai além da possibilidade de inserir pessoas com deficiências no convívio comum, é a mudança no pensamento dos indivíduos e em suas atitudes, é ter o processo de inclusão como algo natural, normal para todos e não um mecanismo aplicado, discutido e visto como objeto de estudo.

Neste contexto, é possível perceber que as escolas e os seus profissionais são de suma importância para a educação inclusiva e para o desenvolvimento cognitivo das crianças com deficiência visual, e que é parte fundamental para a mudança nos conceitos pré-existente na sociedade, uma vez que é através das crianças de hoje que se tem o adulto de amanhã.

A educação inclusiva também possibilita que o deficiente visual tenha uma qualidade de vida melhor, uma vez que sua auto-estima é resgatada pela inclusão no meio social, principalmente nos casos de deficiência adquirida, onde o individuo tem a possibilidade de resgatar suas relações e até mesmo voltar ao mercado de trabalho. Mas a inclusão social só é possível com a ajuda de familiares e amigos que convivem diretamente com portador deficiência, uma vez que estes participam de suas atividades cotidianas.